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Estudos divulgados no Informe Epidemiológico nº 18 apontam que Cuiabá passou do pico da pandemia do coronavírus. De acordo com os cálculos realizados pela equipe da Universidade Federal de Mato Grosso, o pico foi atingido em 16 de julho e, a partir de agora a tendência é que o número de casos ainda cresça, mas em proporção inferior às das semanas anteriores. O Informe é feito por meio de uma parceria entre a Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, o Instituto de Saúde Coletiva-UFMT, o Departamento de Geografia-UFMT e o Departamento de Matemática- UFMT.

A gerente da Vigilância Epidemiológica, Flavia Guimarães explica como foram feitas as projeções que indicam que Cuiabá já passou do pico da pandemia. “Por meio de modelos matemáticos é feito o cálculo do Rt, índice que estima a reprodução do vírus na população, usando dados referentes aos casos confirmados semanalmente. Para que possamos dizer que a epidemia está diminuindo de tamanho, o Rt tem se se manter menor do que 1 por várias semanas, e é o que temos visto acontecer”, revela.

Ela disse que na Semana Epidemiológica 31 (26 de julho a 01 de agosto) o Rt foi estimado em 0,80, valor semelhante aos das semanas anteriores:  na Semana 30 o Rt foi de 0,79, na Semana 29 o Rt ficou em 0,93 , na Semana 28 o Rt foi de 0,75 e na Semana 27 o Rt foi de 0,80. “Estes números sugerem uma redução da dispersão da epidemia, provavelmente ocasionadas pelas medidas de controles mais rígidas praticadas neste período”, comenta.

Flavia ressalta que, apesar da tendência de queda na curva epidemiológica, a queda nos casos se dá de forma lenta. “Isso quer dizer que vamos continuar tendo muitos casos ainda, pois a disseminação do vírus ainda está acontecendo. Mas o número de infectados começará a se espalhar ao longo do tempo, até cessar o número de casos”, explica.

O prefeito Emanuel Pinheiro ficou muito feliz ao receber esses dados da equipe epidemiológica, mas disse que ainda não é o momento para comemorações. “Dá um certo alívio saber que já passamos pelo pico, porque dá uma sensação de que o pior já passou, mas não é bem assim. Não podemos relaxar das medidas que sempre temos falado, que são o distanciamento social, uso de máscara, higienização constante das mãos, evitar aglomerações, enfim, todos os cuidados que todos já sabem de cor. O contágio continua e precisamos continuar nos cuidando o máximo para que esses números não voltem a crescer novamente. Como em todos os países que enfrentaram a pandemia, nós sabíamos que passaríamos por dias duros, difíceis, e ainda estamos passando. Mas eles vão acabar e estamos no caminho certo para isso”, concluiu Pinheiro.

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